Ritual de Outono

Protelado por questões alheias e mesmo já estando no inverno, tínhamos permissão até o final da ultima lua cheia desse julho, para fazer um dos rituais celta de união. Saí para trabalhar a noite e ao retornar Donologo quis iniciá-lo... Encaminhou-me até N/nosso quarto e ao entrar, vislumbrei encantada, um pequeno altar que carinhosamente o Senhorprovidenciou; num aparador alto em madeira de pernas longas colocado ali, havia incensos, velas brancas, taças lindas de cristal trabalhado em fina espessura . Sobre o guardanapo havia um pote de mel ladeado por duas pequeninas colheres de prata. Ao centro uma caixinha em veludo preto enfeitada por laço de fita amarelo desatado, estava aberta e dentro continha duas alianças. Tudo muito bonito e carinhosamente caprichado. Nus de corpo e alma, o ritual foi iniciado... Muito simples e de imenso significado. San acendeu os incensos de aroma inebriante, em seguida as velas. e conforme Suas instruções, postamos-N/nos lado a lado diante do pequeno altar... Shibui pegou as duas taças me oferecendo uma delas, olhou em meus olhos e disse que ali continha água salgada, e se surgissem lágrimas em N/nosso caminho, as beberíamos um do outro, bebemos das taças... Abriu o pote de mel retirou um tantinho e deu-me na boca dizendo que sempre buscaríamos palavras doces para N/nos tratarmos, fiz o mesmo com Ele. Donopegou uma das alianças e colocou em meu dedo, reciprocamente o fiz. Pegamos as velas e Ele disse: Assim seguiremos sempre minha pupinha até que a chama da vida se apague de N/nós, e assopramos! MeuSenhor fez então suas evocações, pedindo proteção e “aceite” das antigas divindades. Beijou-me na testa e boca encerrando a cerimônia, propriamente dita. ... E o que aconteceu depois, só os deuses sabem! Rsrsrs...!